No ERP MAXIPROD, cada item tem uma procedência:
- comprado: se o MRP constatar necessidade, cria uma solicitação de compra (SC). Observação: um item de produção terceirizada, ie produzido por um terceiro, com insumos da própria empresa, terá a procedência comprado.
- fabricado: se o MRP constatar necessidade, cria uma ordem de produção (OP).
- conjunto (ou “kit”): item “fantasma” que representa um conjunto de outros itens, simultaneamente. Se tem um roteiro, suas operações são incorporadas à ordem de produção de seu item-pai, ou seja, será fabricado na mesma OP de seu item-pai. Vide também a propriedade da estrutura de produto Produção incluída na ordem de produção do item-pai.
- conjunto alternativo: item “fantasma” (não pode ser comprado, fabricado ou estocado) do qual pode ser selecionada uma alternativa, visando a substituição de um item por outro.
- fabricado agregado, ou “de grade”: produto nominal de uma única OP que gera vários produtos simultaneamente, por exemplo vários tamanhos e cores de uma “camiseta de referência”, ou modelo genérico de camiseta com estes tamanhos e cores. É um item “fantasma”, logo não pode ser comprado, fabricado ou estocado.
- serviço/manutenção: quando é criada uma OM (ordem de manutenção), o nome do serviço é um item com esta procedência. Por exemplo: “regulagem de uma caldeira”.
Manualmente, no entanto, pode-se criar uma SC de um item normalmente fabricado, bem como uma OP de um item normalmente comprado.
Itens conjunto
Um item conjunto é um “kit”. Usando-se um item-conjunto, simplifica-se a estrutura de produto e a sua manutenção. Justifica-se transformar um conjunto de itens em item conjunto quando este é comum a diversas estruturas de produto.
Exemplo: sejam as estruturas
A * M * I1 * I2 * I3 * I4 | B * N * I1 * I2 * I3 * I4 | C * O * I1 * I2 * I3 * I4 |
estas estruturas podem ser simplificadas criando-se um item conjunto:
F
* I1
* I2
* I3
* I4
e as estruturas acima se tornarão:
A * M * F ** I1 ** I2 ** I3 ** I4 | B * N * F ** I1 ** I2 ** I3 ** I4 | C * O * F ** I1 ** I2 ** I3 ** I4 |
Para incluir o conjunto (I1, I2, I3, I4) em uma estrutura basta agora incluir o seu conjunto F. O resto acompanha automaticamente.
Um item conjunto não pode ser comprado, estocado ou movimentado. Se for fabricado, sê-lo-á através da mesma OP que produz o seu item-pai. Vide OPs multinível.
Itens-conjunto com roteiro
Um item-conjunto pode ou não ter roteiro.
Se tiver, as operações deste roteiro serão incluídas na mesma OP que produz o seu item-pai (vide OPs multinível).
Na estrutura de produto do item-conjunto, os itens-filho podem ou não ser inseridos nas operações desse roteiro.
Se um item-filho for inserido em operação do seu roteiro, então o insumo da OP será baixado para esta operação.
Se um item-filho não fizer menção a operação (logo se o campo ‘operação’ da estrutura de produto do item-conjunto estiver vazio), então este item-filho será inserido na mesma operação em que o item-conjunto é inserido no roteiro do seu item-pai.
Exemplo: seja a estrutura de produto (as quantidades não são relevantes para a finalidade deste exemplo)
ITEM_A // item com procedência "fabricado", com 3 operações: 10, 20, 30 + ITEM_B // item com procedência "conjunto", com uma operação 10, e que entra na operação 20 do ITEM_A ++ ITEM_B1 // item com procedência "comprado", e não menciona a operação em que entra no ITEM_B ++ ITEM_B2 // idem ++ ITEM_B3 // item com procedência "comprado", que entra na operação 10 (a única) do ITEM_B + ITEM_C // item com procedência "comprado", que entra na operação 10 do ITEM_A + ITEM_D // item com procedência "comprado", que entra na operação 20 do ITEM A + ITEM_E // item com procedência "comprado", que entra na operação 30 do ITEM A
Teremos, como consequência, a seguinte OP do item A, incluindo o item B, pois ele é conjunto: Operação -> Próxima operação Insumos da operação atual (ITEM_A, 10) -> (ITEM_A, 20) ITEM_C (ITEM_A, 20) -> (ITEM_A, 30) ITEM_B1, ITEM_B2, ITEM_D (ITEM_A, 30) -> ------------ ITEM_E (ITEM_B, 10) -> (ITEM_A, 20) ITEM_B3
Como decidir se um item deve ser conjunto ou fabricado ?
O critério é a necessidade de trabalho para gerá-lo a partir de seus insumos. Caso o item seja apenas um “kit”, isto é um conjunto de itens, deve ser classificado como conjunto. Neste caso não são emitidas OPs para ele. As OPs para o item-pai do item conjunto terão, como insumos, os seus itens-filho.
Multinível de produção e de engenharia
Na estrutura de produção, os itens-filho de itens conjunto tornam-se insumos do item-pai do item conjunto, na operação em que o item-conjunto está ligado ao seu item-pai. Portanto, as operações pelas quais os filhos do item-conjunto estão ligadas ao seu item-pai (o item-conjunto) são ignoradas. Exemplo:
Estrutura de engenharia:
+ item1 (fabricado)
++ item2 (conjunto) [operação 10]
+++ item3 (comprado) [operação 10]
+++ item4 (comprado) [operação 20]
Estrutura de produção:
+ item1 (fabricado)
++ item3 (comprado) [operação 10]
++ item4 (comprado) [operação 10]
Na estrutura de engenharia, o item4 está ligado ao seu item-pai item2 pela operação 20. Entretanto, na estrutura de produção, ele está ligado ao seu item-pai de produção item1 pela operação 10, pois é por esta operação que estava ligado seu pai de engenharia (o item2), conjunto, ao seu item-pai (item1). Sendo assim, percebemos que, na montagem da estrutura de produção a partir da estrutura de engenharia, as operações nas quais estavam ligados os itens 3 e 4 (operações 10 e 20, respectivamente) foram ignoradas.