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Cliente de terceirização (exemplo detalhado)

Apresenta-se aqui um exemplo em que nossa empresa é um cliente de terceirização e outra empresa, o fornecedor de terceirização, realiza parte da nossa produção:

  • nossa empresa vende polpa de frutas.
  • nossa empresa compra a matéria-prima e a envia para o terceirizador, que a transforma em polpa.
  • nossa empresa compra as embalagens de outro fornecedor, que as envia diretamente para o terceirizador da polpa.

Na estrutura de produto do item terceirizado (mandado fazer fora), os itens-filho tem uma propriedade (checkbox) “Fornecido por nós (terceirização)”. Se este checkbox está marcado, deve ser gerada uma SET (Solicitação de envio para terceirização) do item-filho para o fornecedor de terceirização. Se não, este item-filho é providenciado (comprado ou fabricado) pelo fornecedor de terceirização – a própria empresa não precisa fazer nada a respeito.

I. Planejamento, MRP 

Analisamos aqui os eventos relativos a um material INS de propriedade da “nossa empresa”,  utilizado por um terceirizador como insumo de uma OP cujo produto PROD é também de nossa propriedade. No início sabemos apenas a quantidade de PROD necessária, mas ainda não definimos o fornecedor da terceirização.

  1. Conhecendo a quantidade de PROD em estoque, e a quantidade necessária para atender a demanda, o MRP determina a quantidade de PROD que deve ser fornecida pelo terceirizador, gerando uma SC de PROD.  No entanto, ainda não se pode criar a SET para envio do material INS porque o fornecedor pode ter toda ou parte da quantidade necessária em estoque em seu poder, mas de nossa propriedade. Se o fornecedor não foi definido, não sabemos quanto de INS ele tem em estoque, portanto também não podemos definir a quantidade da SET de envio desse material (nem o seu destinatário)
  2.  a partir da SC do item PROD, o setor de Suprimentos da nossa empresa define o fornecedor, e gera o pedido de compras de PROD.
  3. com esse PC, o MRP deve ser novamente rodado. Conhecendo a quantidade necessária de INS para a OP de PROD, e o estoque do item INS, de nossa propriedade, em poder do fornecedor, o MRP calcula a quantidade faltante, gerando a SET do item INS, que define a quantidade de INS a ser enviada pela nossa empresa para o terceirizador.
  4. ao mesmo tempo, já verifica se nossa empresa dispõe de quantidade de INS suficiente para atender a SET. Se não, gera uma SC de INS, disparando a aquisição desse material.

II. Envio da matéria-prima para o terceirizador

1) Nossa empresa possui 600 kg de açaí em estoque e os envia para o terceirizador.

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2) Configuramos a operação fiscal de envio para industrialização, para que o estoque seja retirado da conta de matéria-prima de nossa empresa e enviado para estoque próprio no poder de terceiros.

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3) Criamos a nota fiscal de remessa e a enviamos para o terceirizador, juntamente com os 600 kg de açaí.

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4) Após o envio da nota fiscal, o estoque de 600 kg de Açaí foi movimentado para a conta de estoque em poder de terceiros.

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III: Compra e envio das embalagens

Compramos 1000 unidades de embalagem, que o fornecedor da embalagem envia diretamente para o terceirizador da polpa. O controle do estoque é feito de forma idêntica à Parte I: teremos estoque próprio de embalagens em poder de terceiros.

1) Fazemos o pedido de compra das 1000 embalagens.

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2) A partir desse pedido, o fornecedor de embalagens gera uma nota de remessa ao terceirizador e uma nota de cobrança para a nossa própria empresa.

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3) Essa nota de cobrança faz uma movimentação de estoque, recebendo embalagens em nosso estoque próprio, mas em poder de terceiros, fazendo a ligação entre essas notas fiscais.

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4) Geramos a nota simbólica de envio das embalagens. Para essa nota, a Operação fiscal será configurada da mesma forma que na Parte I.

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5) Enviamos a nota simbólica de remessa das embalagens.

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6) Após a emissão, o estoque de embalagem estará em poder de terceiros (fornecedor de terceirização).

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IV: Recebimento final da polpa

1) Após a industrialização, o terceirizador envia duas notas fiscais: uma com o produto final, que são as polpas embaladas, e outra dos insumos utilizados.

2) No recebimento dos insumos utilizados, a origem dos estoques deve ser “Estoque em poder de 3º” e o destino deve ser uma conta de estoque consumido por industrialização de terceiros. Para isso, vamos configurar a operação fiscal:

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3) No recebimento do item final, a origem é uma conta contábil de industrialização efetuada por terceiros e o destino será de um produto acabado ou para revenda. Veja abaixo:

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4) Abaixo, recebimento da nota fiscal do terceirizador:

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5) Vide a tela de estoque: foram consumidos os 600 kg de açaí, 400 embalagens e entraram no estoque 400 unidades de polpa.

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